Os reality shows têm se destacado de forma crescente no mercado brasileiro. O gênero de programação tem sido abraçado pela audiência e já ocupa um percentual de destaque na indústria do entretenimento. Em 2023, os recém-lançados programas “unscripted” (sem script) corresponderam a 40% do total de novas produções nacionais e os realities demonstraram sua força ao representarem 43% dos novos programas “unscripted”.
O ano de 2024 já começou com grande expectativa para os entusiastas de reality shows, especificamente para os fãs do Big Brother Brasil. A curiosidade em descobrir quem serão as pessoas responsáveis pelas noites mal dormidas, pelas “espiadinhas” e até mesmo pelos grandes debates que surgem nas redes sociais que movimentam milhões de interações faz parte do jogo.
A dinâmica da convivência estabelece uma ligação singular entre a audiência e os participantes do reality show. Essa proximidade nos faz sentir tão envolvidos a ponto de avaliarmos e expressarmos aprovação ou desaprovação diante dos comportamentos dos participantes. E mesmo as pessoas que declaram não assistir o programa, sim, muitos não conseguem admitir, acompanham de alguma forma os acontecimentos da casa que serve de morada para indivíduos confinados durante um quarto do ano, com suas qualidade e defeitos expostos para todos que gostam de observar o intrigante espetáculo do comportamento humano.
Ao analisarmos a popularidade do Big Brother Brasil no período de 10 a 16 de janeiro deste ano, o programa se destaca significativamente, com uma média de demanda excepcional 38 vezes superior à média de todos os outros títulos.
O “buzz” em torno do programa já começou antes mesmo da estreia, no dia 8 de janeiro, como indicado no gráfico abaixo. No período de 10 até 7 de janeiro, a média de demanda do BBB foi de 31 vezes a média de todos os títulos, evidenciando o grande interesse e antecipação do público em relação ao programa.
Claro, não poderíamos deixar de falar dos participantes. Entre eles, temos as celebridades que, muitas vezes, enxergam o programa como oportunidade de revelar um lado de sua personalidade ainda desconhecido ao público, aproximando-se cada vez mais de seus fãs.
Ao analisarmos o ranking dos talentos mais populares no Brasil no início deste ano (de 10 a 16 de janeiro), entre os dez primeiros talentos, quatro são participantes do BBB24.
São eles: Rodriguinho e Yasmin, que registram 117x e 115x, respectivamente, enquanto Vanessa Lopes e Wanessa Camargo atingem 90 vezes a média de demanda de todos os talentos. Isso evidencia o impacto significativo do BBB na visibilidade e popularidade dos seus participantes camarotes (assim chamados os participantes já famosos).
O êxito da franquia do Big Brother se estende para além do Brasil, como é o exemplo da versão Argentina, o Gran Hermano. Sua última temporada, a décima primeira, que estreou em dezembro de 2023 e está atualmente em pleno vapor com a final programada para 4 de fevereiro, também apresenta imenso sucesso de popularidade. No período de 11 de dezembro do ano passado até o dia 16 deste mês, o programa registrou demanda 30 vezes superior à média de todos os títulos, reforçando a influência marcante da marca Big Brother no cenário do entretenimento.
Ambas as versões, a brasileira e a argentina, têm como público-alvo principal a geração Z, composta por pessoas entre 13 anos e 22 anos. Esse segmento, geralmente, demonstra maior engajamento para esse estilo de reality, conhecido como "housemates reality".
Falem bem ou falem mal, uma coisa que não se pode negar é que os reality estão nas rodas de conversa, nos grupos de mensagens e devem continuar por muito tempo ainda, movimentando o cenário do entretenimento e das produções nacionais.