Ed e Lorraine Warren se tornaram figuras populares nos anos 1950, atraindo a atenção de seguidores, curiosos e céticos. Considerados os investigadores paranormais mais famosos do século XX, escreveram livros, fundaram sociedades, construíram museus, e estiveram no centro de clássicas investigações sobrenaturais, como a da boneca Annabelle. No entanto, o casal também recebeu críticas ao longo de todos esses anos, tendo a veracidade de suas alegações contestadas por investigadores e por parte da própria comunidade paranormal.
Apesar das controvérsias, Hollywood percebeu que suas histórias tinham a capacidade de alcançar um público interessado por histórias de terror e, no caminho, faturar alguns bons milhões. Lançado em 2013, “Invocação do Mal” inaugurou um universo que já soma nove filmes, entre histórias protagonizadas pelos Warren e spin-offs bem sucedidos como “Annabelle” e “A Freira”.
Dez anos após o seu primeiro lançamento, “Invocação do Mal” se tornou a franquia de terror com a maior bilheteria da história, ultrapassando a marca de U$2 bilhões e superando clássicos como “Alien”, “Halloween” e “Pânico”. No Brasil, o quarto capítulo da saga chega aos cinemas no dia 4 de setembro, com pré-venda já disponível e com distribuição da Warner Bros. Pictures. Como aquecimento, o estúdio promove o relançamento dos três filmes anteriores da franquia principal no fim de agosto.
De acordo com os dados da Parrot Analytics, empresa líder global em análise de mídia e entretenimento, a média de demanda desses três títulos durante a primeira metade de agosto foi 8 vezes superior à média de todos os conteúdos mapeados pela empresa, independente do formato, gênero ou país de origem. Com essa performance, a franquia principal de “Invocação do Mal” alcança o primeiro lugar entre as principais franquias de terror no Brasil. No comparativo internacional, o país se destaca como o sexto maior mercado em patamar de demanda.
Desenvolvida pela Parrot, a demanda engloba o consumo de buscas online, redes sociais, consumo em sites de vídeos e em plataformas open-streaming. Através dessa metodologia é possível mapear toda a jornada de descoberta de um conteúdo, quantificando a popularidade de um título na economia de atenção. Esse resultado mostra como a audiência brasileira está interessada nesse IP e no potencial do novo filme. Em nível global, o perfil demográfico dos três primeiros “Invocação do Mal” tem um perfil equilibrado entre gêneros e também entre a Geração Z e Millennials. Quando somados os spin-offs, o público mais jovem ganha ainda mais peso, puxado pelo sucesso de “Annabelle”.
O terror é um gênero consistente em termos de retorno para os estúdios. Com orçamentos modestos frente a blockbusters de ação e aventura, consegue entregar bilheterias expressivas no comparativo com o seu custo de produção. Só em 2025, “Os Pecadores”, “Premonição: Laços de Sangue” e mais recentemente “A Hora do Mal”, todos da Warner Bros., tornaram-se verdadeiros sucessos de bilheteria globais. No Brasil, os títulos alcançaram um pico de demanda superior a 70 vezes a média de todos os títulos mapeados pela Parrot Analytics, patamar alcançado por menos de 1% das produções.
Mais do que reforçar a popularidade dos Warren e seus desdobramentos, “Invocação do Mal” mostra como o terror segue sendo um gênero relevante para os cinemas. Há a capacidade de criar universos duradouros, engajar públicos jovens e garantir retornos sólidos em bilheteria. No cenário atual, em que outros gêneros enfrentam desgaste ou dificuldade em justificar altos orçamentos, o terror pode reafirmar seu espaço como uma aposta mais segura, ou talvez menos insegura, de Hollywood.
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